Um dia,Alexandre o Grande perguntou a Diógenes:o que posso fazer por ti, eu,o Grande Alexandre,o dono do mundo e arredores? Tira-te da minha frente,que estás a tirar-me o Sol. Talvez Diógenes tivesse dito que ele estava muito enganado,mas a história é omissa em muita coisa,e até se engana,ou exagera,ou esquece,e sabe-se lá mais o quê. Que ele não valia nada,ou melhor,valia tanto como um qualquer. É que o Sol quando nasce é para todos,só que lhe cortam as voltas.
Mas voltando ao Grande. As coisas que este homenzinho de DEUS fez e os quilómetros que ele andou,a maioria,certamente,no seu cavalo, ou lá o que pôde arranjar. Isto,de sair de casa,um dia,e só passados anos,talvez já cansado,resolver voltar ao chão dos avós,não é,vistas bem as coisas,para um qualquer. Consta que foi um rio,lá para a Índia,que o fez pensar duas vezes. Era,de facto,tem de se concordar, Grande,pelo menos,na ambição,de querer este mundo e o outro. Coitado,morreu antes do tempo.
O que levará os Alexandres a correrem tanto? Quererem ser deuses,ainda que de pés de barro? Uns deuses mortais. Em dada altura,deu-lhes para se mumificarem,na suposição de que,um dia,ressuscitariam,perpetuando-se. Outros não têm ido tão longe,mas agarram-se ao assento,com intenção de dele sairem só quando tiver de ser. E tudo isto porquê? Talvez por ter muito medo do vizinho do lado.
Alguém reparará.Afinal,o que quer este? Não se sentirá ele frustado por nunca ter andado lá por cima? Talvez,quem sabe? Não estaria sozinho.Ele há para aí tantos que assim se sentem,mas a culpa não é deles. Parece ter de ser assim.
domingo, 10 de agosto de 2008
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