sábado, 19 de julho de 2008

ELA ACREDITOU

Coitada da senhora,fora ludibriada. Recebera uma pequena fortuna,mas ela necessitava de uma maior. É que a permanência no lar em que se encontrava,ou em qualquer outro,não estava segura. Só tendo muito dinheiro,e aquele ainda não chegava.
Mas era simples,dissera-lhe alguém. Aquela quantia a render alto juro faria o milagre. Bastava seguir os seus conselhos. Ficasse descansada. Esse alguém era simpática,dava mostras de ser muito sua amiga,e ela acreditou.
Passou-lhe toda a sua riqueza. Em troca,ficou com um documento,muito bem redigido,com todos os pormenores em casos destes. E esse alguém sumira-se,sem deixar rasto.
A cara da senhora era um misto de tristeza e de comprometimento. Ela sabia que o rendimento prometido era exagerado.Fora,afinal,vítima de si mesmo.
Mas que outra saída teria ela? É que talvez a esperasse um fim muito triste.

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